sábado, 26 de abril de 2014

Mario Celso Ramiro de Andrade


Mario Celso Ramiro de Andrade
Docente do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais

Artista multimídia graduado em artes plásticas pela Universidade de São Paulo. Foi integrante do grupo de  intervenção urbana 3NÓS3 e do movimento de arte e tecnologia nos anos 80. Sua produção reúne intervenções urbanas, redes telecomunicativas, esculturas, instalações ambientais, fotografia e arte sonora. É mestre em fotografia e novas mídias pela Kunsthochschule für Medien Köln (Escola Superior de Arte e Mídia de Colônia), na Alemanha, e doutor em artes visuais pela Universidade de São Paulo. É professor do Departamento de Artes Plásticas e do programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes da USP..



É artista multimídia formado pela Universidade de São Paulo. Foi integrante do grupo de  intervenção urbana 3NÓS3 e do movimento de arte e tecnologia nos anos 80. Sua produção reúne intervenções urbanas, redes telecomunicativas, esculturas, instalações ambientais, fotografia e arte sonora. É mestre em fotografia e novas mídias pela Kunsthochschule für Medien Köln (Escola Superior de Arte e Mídia de Colônia), na Alemanha, e doutor em artes visuais pela Universidade de São Paulo. Atualmente trabalha como professor do Depto. de Artes Plásticas e do programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes da USP.




Mario Ramiro

Rede Telefonia
Nos anos 70, a escritora brasileira Hilda Hilst gravava sinais de rádio buscando se comunicar com amigos já falecidos. Hilda Hilst escolhia um espaço “vazio” entre duas estações de rádio e registrava em fita o chiado eletromagnético. Chamado de “ruído branco”, esse chiado seria o meio que os “espíritos” utilizariam para entrar em contato com o nosso mundo.

Para o projeto Ao redor de 4´33´´, os artistas GABRIELA GREEB e MARIO intitulada Rede Telefonia, que se trata da junção de vários momentos do trabalho de captação e escuta de Hilda Hilst.

 

A Rede Telefonia, da Gabriela Greeb & Mario Ramiro, é uma obra baseada nas experiências realizadas pela escritora brasileira Hilda Hilst nos anos 70 em que ela tentava fazer contato, por meio de gravações de sinal de rádio, com seus amigos já falecidos. Tem um rádio antigo, lindo, de madeira e você pode pegar os fones para ouvir a gravação da Hilda. Tem vários barulhos e a voz da escritora pedindo por sinais de seus amigos. 

Rede Telefonia, da Gabriela Greeb & Mario Ramiro.

Mario Ramiro e a fotografia de espíritos

Ronaldo Entler | domingo, 8/11/2009 | 3 Comentários

Amanhã (09/11) começa o IV SEMINÁRIO ARTE CULTURA E FOTOGRAFIA: MEMÓRIA, OUTROS DEBATES, na ECA-USP. A programação está ótima, com o mérito de abrir espaço para jovens pesquisadores e de aproximar da fotografia críticos e teóricos que não são os nomes mais recorrentes desse campo.
Queria indicar uma apresentação, em especial: A fotografia de espíritos no Brasil: uma iconografia do outro mundo, de Mario Ramiro, programada para o dia 10/11.
Mario Ramiro é um artista irriquieto que integrou no final dos anos 70 o coletivo 3 nós 3, junto com Hudinilson Jr e Rafael França. Fez experiências com vídeo, fax, xerox, secretária eletrônica, muito antes de falarmos tão deslumbradamente das novas tecnologias. Passou algum tempo na Alemanha e, de volta ao Brasil, seguiu produzindo e tornou-se professor da Escola de Comunicações e Artes da USP.
No ano passado, tive a oportunidade de participar da banca de seu doutorado, na qual apresentou a tese “O Gabinê Fluidificado e a fotografia dos espíritos no Brasil”, com orientação de Donato Ferrari. Dividi a banca com nomes de peso: Annateresa Fabris, João Musa, Sandra Stoll, além do orientador. Foi uma das teses mais interessantes que li na minha vida, e volta e meia sou visto com ela debaixo do braço, mostrando para colegas e alunos.

Retrato feito por Militão Augusto de Azevedo, com suposta apareição ao fundo.
Ramiro se debruçou sobre um campo nebuloso da história da fotografia: o registro de espíritos, fantasmas, manifestações ectoplasmáticas e outros fenômenos mediúnicos ou paranormais. Conhecíamos bem esforços realizados desde o século XIX que visam dar forma através da câmera ao invisível. Conhecíamos também um livro relativamente fácil de encontrar, O trabalho dos Mortos, publicado pela Sociedade Espírita Brasileira, que já oferecia alguma iconografia.
Ramiro faz um percurso bastante amplo: resgatou experiências importantes feitasnos Estados Unidos e na Europa, às vezes envolvendo nomes célebres, e analisou o modo como a fotografia espírita se desenvolveu de modo particularmente sistemático no Brasil. O trabalho é riquíssimo em ilustrações, apresentando desde casos discretos e obscuros, até outros mais famosos, como a polêmica reportagem da revista O Cruzeiro sobre o grupo mineiro de Chico Xavier, além de outras ocorrências de paranormalidade veiculadas pela grande imprensa.
O tema é delicado mas, com a sutileza de quem anda sobre uma corda, o texto consegue ser crítico quanto às evidentes manipulações que às imagens trazem e, ao mesmo tempo, respeitoso com as fontes mais envolvidas com o tema que, conforme o autor, colaboraram sem impor exigências.
Tudo isso já compõe uma tese densa e original, mas Ramiro traz no trabalho uma segunda questão. Ele compara a capacidade inventiva da fotografia espírita com aquela da produção artística contemporânea. O salto é abrupto, e Ramiro teve que responder a perguntas um tanto duras da banca sobre essa comparação. Mas ele deu uma aula, e foi também uma oportunidade para conhecer a pesquisa que fez na Alemanha e alguma de suas produções recentes como artista, trabalhos que também discutem – sem deslumbramento – a relação possível entre novas tecnologias e fenômenos paranormais.
Seja pela originalidade, seja pelos riscos que assume, vale conferir.
A programação do evento pode ser conferida no site da ECA-USP:http://www.cap.eca.usp.br/eventos.html.

Como parte do programa de intercâmbio do Departamento de Artes Plásticas (CAP) com o Departamento de Artes da Vanderbilt University, de Nashville (Estados Unidos), intitulado Conversas/Conversations, os artistas e professores Mario Ramiro, do CAP, e Tese de Doutorado
Documento
Autor
Nome completo
Mario Celso Ramiro de Andrade
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2008
Orientador
Banca examinadora
Ferrari, Donato (Presidente)
Entler, Ronaldo
Fabris, Annateresa
Musa, Joao Luiz
Stoll, Sandra Jacqueline
Título em português
O gabinê fluidificado e a fotografia dos espíritos no Brasil: a representação do invisível no território da arte em diálogo com a figuração de fantasmas, aparições luminosas e fenômenos paranormais
Palavras-chave em português
Aparições fantasmáticas
Arte
Ectoplasmia
Fotografia
Fotografia de materializações
Fotografia do invisível
Fotografia dos espíritos
Fotografia espírita
Fotografia paranormal
Resumo em português
Esta tese foi desenvolvida a partir de duas frentes de trabalho distintas, porém complementares: a primeira procura rastrear o surgimento e identificar a produção da chamada Fotografia dos Espíritos no Brasil, um acervo de imagens com características próprias, encontradas a partir do início do séc. XX no país, que registram as supostas manifestações espirituais e paranormais ocorridas em várias localidades brasileiras, ao longo de quase um século. São imagens que pretendem demonstrar a ocorrência de determinados fenômenos, sob determinadas condições, em determinados ambientes e, invariavelmente, na presença de testemunhas oculares e suas câmeras fotográficas. Numa outra frente, este trabalho propõe uma leitura da produção artística do autor, em diálogo com vários pressupostos da fotografia dos espíritos; dando continuidade ao trabalho que foi tema da dissertação de mestrado em poéticas visuais, defendida na Escola Superior de Arte e Mídia de Colônia (Kunsthochschule für Medien Köln), na Alemanha, em 1997. Ao associar essas duas frentes de trabalho, torna-se possível identificar várias zonas de intersecção entre a prática fotográfica espiritual e a produção artística aqui enfocada, revelando que objetos do conhecimento aparentemente distintos mostram-se intimamente implicados, quando analisados sob a perspectiva da arte.
Título em inglês
O gabinê fluidificado e a fotografia dos espíritos no Brasil: a representação do invisível no território da arte em diálogo com a figuração de fantasmas, aparições luminosas e fenômenos paranormais
Palavras-chave em inglês
Aparições fantasmáticas
Arte
Ectoplasmia
Fotografia
Fotografia de materializações
Fotografia do invisível
Fotografia dos espíritos
Fotografia espírita
Fotografia paranormal
Resumo em inglês
This dissertation was developed starting from two distinct, yet complementary, themes of work. The first intends to track the appearance and identify the production of the so-called Spirit Photography in Brazil, a collection of images with unique characteristics, which one finds in the country starting in the early twentieth century. They record evidence of the supposed paranormal and spiritual manifestations occurring in various locations in Brazil for a period of almost one century and are images that attempt to demonstrate the occurrence of specific phenomena under specific conditions, in specific environments and, inevitably, in the presence of eyewitnesses and their cameras. In the other theme, this work proposes a reading of the artistic production of the author in dialogue with the various presuppositions of spirit photography; providing continuity to the work that was the subject of the master's thesis in Visual Poetics, defended at the Academy for Art and Media of Cologne in 1997. By associating these two themes of research, it becomes possible to identify various zones of intersection between the practice of spiritual photography and the artist addressed here, revealing that objects from apparently distinct fields of knowledge show themselves to be intimately implicated when analyzed from an artistic perspective.

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Data de Publicação
2009-07-14

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Realizam entre os dias 21 e 29 de outubro um workshop colaborativo cujo resultado será uma intervenção sonora pelas ruas , conduzida por cerca de dez bicicletas equipadas com um sistema de som amplificado.
O projeto irá envolver estudantes com diferentes formações e talentos na produção de um evento que irá aproximar áreas distintas do saber numa experiência criativa única.
Esse trabalho trata de questões como as do movimento coletivo com uma forma de intervenção, as da arte sonora em sua dimensão urbana e também do movimento ciclista crítico, que reflete sobre aspectos da mobilidade urbana nos grandes centros.





         


 Nas intervenções urbanas o público é normalmente confrontado com a manifestação artística no seu ambiente cotidiano quando a arte se desloca dos espaços normalmente aceitos como legitimadores de sua expressão criativa para o ambiente urbano.
Essa intervenção será realizada por um grupo de bicicletas equipadas com caixas de som amplificadas, na reprodução de peças musicais e sonoras especialmente criadas ou adaptadas para este trabalho.
Os estudantes da Vanderbilt University – e posteriormente os da USP – serão convidados a tomar parte nos trabalhos de montagem da intervenção, equipando suas bicicletas com um sistemas de som estéreo controlados por telefones celulares, iPods ou tocadores de mp3.
Cada unidade móvel de som será montada e customizada por cada participante das oficinas. Sons e músicas serão sampleados, criados, mixados e produzidos de forma a se combinarem com o conjunto e também produzirem suas sonoridades individualmente. As bicicletas irão desempenhar o papel de uma mesa de som em meio à cidade, mixando diversas sonoridades à medida em que se deslocam pelas ruas.
A performance será documentada por meio de imagem e som pelos participantes, utilizando câmeras e gravadores portáteis. Um vídeo final do evento será posteriormente editado e compilado nos registros que serão disponibilizados a todos os interessados pelo site do projeto.


Resposta ao email de Alda Barão, colega de grupo:

Olá Alda,
Obrigado, antes de mais nada, pelo seu interesse e atenção pelo meu trabalho.

Como você mesmo relata, parece ser comum tais fatos "sensitivos" que cercam a experiência denominada paranormal de muitas pessoas.
Eu sou um artista interessado nesses fenômenos, pois acredito que a experiência sensível da arte nos coloca, muitas vezes, em contato com esse universo. 
Esse interesse me levou a realizar uma pesquisa sobre a chamada "Fotografia dos espíritos no Brasil", onde coletei a analisei as imagens publicadas em revistas, livros e, hoje em dia, na internet, relacionadas às supostas aparições de fantasmas, espíritos e outros fenômenos ocorridos no Brasil. Um pdf desse trabalho pode ser baixado por aqui: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-13072009-190522/

Quando vivi na Europa, eu também realizei um trabalho com um artista japonês, meu amigo Morio Nishimura, que até hoje só se encontra documentado no catálogo que segue em anexo pra ti. Trata-se de uma experiência no campo da transmissão "telepática" ou como chamei na época, de uma "telecomunicação sem tecnologia". 

Espero que você consiga encontrar alguém que possa estreitar os canais de contato com essa dimensão que não conseguimos nominar exatamente.
Abraços, Mario Ramiro


Mario Ramiro
Professor do Depto. de Artes Plásticas
e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais

Escola de Comunicações e Artes
Universidade de São Paulo



Eu enviei Um pdf com essa obra.
Trata-se de uma experiência no campo da transmissão "telepática" ou como chamei na época, de uma "telecomunicação sem tecnologia". 

Link para o material, abaixo:

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