Mario
Celso Ramiro de Andrade
Docente do
Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais
|
Artista multimídia graduado em artes plásticas
pela Universidade de São Paulo. Foi integrante do grupo de intervenção
urbana 3NÓS3 e do movimento de arte e tecnologia nos anos 80. Sua produção
reúne intervenções urbanas, redes telecomunicativas, esculturas, instalações
ambientais, fotografia e arte sonora. É mestre em fotografia e novas mídias
pela Kunsthochschule für Medien Köln (Escola Superior de Arte e Mídia de
Colônia), na Alemanha, e doutor em artes visuais pela Universidade de São
Paulo. É professor do Departamento de Artes Plásticas e do programa de
Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes da USP..
|
É artista multimídia formado pela Universidade de São Paulo.
Foi integrante do grupo de intervenção urbana 3NÓS3 e do movimento de
arte e tecnologia nos anos 80. Sua produção reúne intervenções urbanas,
redes telecomunicativas, esculturas, instalações ambientais, fotografia e arte
sonora. É mestre em fotografia e novas mídias pela Kunsthochschule für Medien
Köln (Escola Superior de Arte e Mídia de Colônia), na Alemanha, e doutor em
artes visuais pela Universidade de São Paulo. Atualmente trabalha como
professor do Depto. de Artes Plásticas e do programa de Pós-Graduação em Artes
Visuais da Escola de Comunicações e Artes da USP.
Mario Ramiro
Rede Telefonia
Nos anos 70, a escritora brasileira Hilda Hilst gravava
sinais de rádio buscando se comunicar com amigos já falecidos. Hilda Hilst
escolhia um espaço “vazio” entre duas estações de rádio e registrava em fita o
chiado eletromagnético. Chamado de “ruído branco”, esse chiado seria o
meio que os “espíritos” utilizariam para entrar em contato com o nosso mundo.
Para o projeto Ao redor de 4´33´´, os artistas GABRIELA GREEB e MARIO intitulada Rede Telefonia, que se trata da junção de vários momentos do trabalho de captação e escuta de Hilda Hilst.
A Rede Telefonia, da Gabriela Greeb & Mario Ramiro, é uma obra
baseada nas experiências realizadas pela escritora brasileira Hilda Hilst nos
anos 70 em que ela tentava fazer contato, por meio de gravações de sinal de
rádio, com seus amigos já falecidos. Tem um rádio antigo, lindo, de madeira e
você pode pegar os fones para ouvir a gravação da Hilda. Tem vários barulhos e
a voz da escritora pedindo por sinais de seus amigos.
Rede Telefonia, da Gabriela
Greeb & Mario Ramiro.
Mario Ramiro e a fotografia de espíritos
Ronaldo Entler | domingo, 8/11/2009 | 3 Comentários
Amanhã (09/11)
começa o IV SEMINÁRIO ARTE CULTURA E FOTOGRAFIA: MEMÓRIA, OUTROS DEBATES, na
ECA-USP. A programação está ótima, com o mérito de abrir espaço para jovens
pesquisadores e de aproximar da fotografia críticos e teóricos que não são os
nomes mais recorrentes desse campo.
Queria indicar uma
apresentação, em especial: A fotografia de espíritos no Brasil: uma iconografia do outro mundo,
de Mario Ramiro, programada para o dia 10/11.
Mario Ramiro é um
artista irriquieto que integrou no final dos anos 70 o coletivo 3 nós 3, junto com Hudinilson
Jr e Rafael França. Fez experiências com vídeo, fax, xerox, secretária eletrônica,
muito antes de falarmos tão deslumbradamente das novas tecnologias. Passou
algum tempo na Alemanha e, de volta ao Brasil, seguiu produzindo e tornou-se
professor da Escola de Comunicações e Artes da USP.
No ano passado, tive
a oportunidade de participar da banca de seu doutorado, na qual apresentou a
tese “O Gabinê Fluidificado e a fotografia dos espíritos no Brasil”, com
orientação de Donato Ferrari. Dividi a banca com nomes de peso: Annateresa
Fabris, João Musa, Sandra Stoll, além do orientador. Foi uma das teses mais
interessantes que li na minha vida, e volta e meia sou visto com ela debaixo do
braço, mostrando para colegas e alunos.
Ramiro se debruçou
sobre um campo nebuloso da história da fotografia: o registro de espíritos,
fantasmas, manifestações ectoplasmáticas e outros fenômenos mediúnicos ou
paranormais. Conhecíamos bem esforços realizados desde o século XIX que visam
dar forma através da câmera ao invisível. Conhecíamos também um livro
relativamente fácil de encontrar, O trabalho dos Mortos, publicado pela Sociedade Espírita
Brasileira, que já oferecia alguma iconografia.
Ramiro faz um
percurso bastante amplo: resgatou experiências importantes feitasnos Estados
Unidos e na Europa, às vezes envolvendo nomes célebres, e analisou o modo como
a fotografia espírita se desenvolveu de modo particularmente sistemático no
Brasil. O trabalho é riquíssimo em ilustrações, apresentando desde casos
discretos e obscuros, até outros mais famosos, como a polêmica reportagem da
revista O Cruzeiro sobre
o grupo mineiro de Chico Xavier, além de outras ocorrências de paranormalidade
veiculadas pela grande imprensa.
O tema é delicado
mas, com a sutileza de quem anda sobre uma corda, o texto consegue ser crítico
quanto às evidentes manipulações que às imagens trazem e, ao mesmo tempo,
respeitoso com as fontes mais envolvidas com o tema que, conforme o autor,
colaboraram sem impor exigências.
Tudo isso já compõe
uma tese densa e original, mas Ramiro traz no trabalho uma segunda questão. Ele
compara a capacidade inventiva da fotografia espírita com aquela da produção
artística contemporânea. O salto é abrupto, e Ramiro teve que responder a
perguntas um tanto duras da banca sobre essa comparação. Mas ele deu uma aula, e
foi também uma oportunidade para conhecer a pesquisa que fez na Alemanha e
alguma de suas produções recentes como artista, trabalhos que também discutem –
sem deslumbramento – a relação possível entre novas tecnologias e fenômenos
paranormais.
Seja pela originalidade,
seja pelos riscos que assume, vale conferir.
A programação do
evento pode ser conferida no site da ECA-USP:http://www.cap.eca.usp.br/eventos.html.
Como
parte do programa de intercâmbio do Departamento de Artes Plásticas (CAP) com o
Departamento de Artes da Vanderbilt University, de Nashville (Estados Unidos),
intitulado Conversas/Conversations, os artistas e professores Mario
Ramiro, do CAP, e Tese de Doutorado
Documento
Autor
Nome completo
Mario Celso Ramiro de Andrade
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2008
Orientador
Banca examinadora
Ferrari, Donato (Presidente)
Entler, Ronaldo
Fabris, Annateresa
Musa, Joao Luiz
Stoll, Sandra Jacqueline
Entler, Ronaldo
Fabris, Annateresa
Musa, Joao Luiz
Stoll, Sandra Jacqueline
Título em português
O gabinê fluidificado e a fotografia
dos espíritos no Brasil: a representação do invisível no território da arte em
diálogo com a figuração de fantasmas, aparições luminosas e fenômenos
paranormais
Palavras-chave em português
Aparições fantasmáticas
Arte
Ectoplasmia
Fotografia
Fotografia de materializações
Fotografia do invisível
Fotografia dos espíritos
Fotografia espírita
Fotografia paranormal
Arte
Ectoplasmia
Fotografia
Fotografia de materializações
Fotografia do invisível
Fotografia dos espíritos
Fotografia espírita
Fotografia paranormal
Resumo em português
Esta tese foi
desenvolvida a partir de duas frentes de trabalho distintas, porém
complementares: a primeira procura rastrear o surgimento e identificar a
produção da chamada Fotografia dos Espíritos no Brasil, um acervo de imagens
com características próprias, encontradas a partir do início do séc. XX no
país, que registram as supostas manifestações espirituais e paranormais
ocorridas em várias localidades brasileiras, ao longo de quase um século. São
imagens que pretendem demonstrar a ocorrência de determinados fenômenos, sob
determinadas condições, em determinados ambientes e, invariavelmente, na
presença de testemunhas oculares e suas câmeras fotográficas. Numa outra
frente, este trabalho propõe uma leitura da produção artística do autor, em
diálogo com vários pressupostos da fotografia dos espíritos; dando continuidade
ao trabalho que foi tema da dissertação de mestrado em poéticas visuais,
defendida na Escola Superior de Arte e Mídia de Colônia (Kunsthochschule für
Medien Köln), na Alemanha, em 1997. Ao associar essas duas frentes de trabalho,
torna-se possível identificar várias zonas de intersecção entre a prática
fotográfica espiritual e a produção artística aqui enfocada, revelando que
objetos do conhecimento aparentemente distintos mostram-se intimamente
implicados, quando analisados sob a perspectiva da arte.
Título em inglês
O gabinê fluidificado e a fotografia
dos espíritos no Brasil: a representação do invisível no território da arte em
diálogo com a figuração de fantasmas, aparições luminosas e fenômenos
paranormais
Palavras-chave em inglês
Aparições fantasmáticas
Arte
Ectoplasmia
Fotografia
Fotografia de materializações
Fotografia do invisível
Fotografia dos espíritos
Fotografia espírita
Fotografia paranormal
Arte
Ectoplasmia
Fotografia
Fotografia de materializações
Fotografia do invisível
Fotografia dos espíritos
Fotografia espírita
Fotografia paranormal
Resumo em inglês
This dissertation was developed starting from two
distinct, yet complementary, themes of work. The first intends to track the
appearance and identify the production of the so-called Spirit Photography in Brazil, a
collection of images with unique characteristics, which one finds in the
country starting in the early twentieth century. They record evidence of the
supposed paranormal and spiritual manifestations occurring in various locations
in Brazil for a period of almost one century and are images that attempt to
demonstrate the occurrence of specific phenomena under specific conditions, in
specific environments and, inevitably, in the presence of eyewitnesses and
their cameras. In the other theme, this work proposes a reading of the artistic
production of the author in dialogue with the various presuppositions of spirit
photography; providing continuity to the work that was the subject of the
master's thesis in Visual Poetics, defended at the Academy for Art and Media of
Cologne in 1997. By associating these two themes of research, it becomes
possible to identify various zones of intersection between the practice of
spiritual photography and the artist addressed here, revealing that objects
from apparently distinct fields of knowledge show themselves to be intimately
implicated when analyzed from an artistic perspective.
AVISO - A consulta
a este documento fica condicionada na aceitação das seguintes condições de uso:
Este trabalho é somente para uso privado de atividades de pesquisa e ensino. Não é autorizada sua reprodução para quaisquer fins lucrativos. Esta reserva de direitos abrange a todos os dados do documento bem como seu conteúdo. Na utilização ou citação de partes do documento é obrigatório mencionar nome da pessoa autora do trabalho.
Este trabalho é somente para uso privado de atividades de pesquisa e ensino. Não é autorizada sua reprodução para quaisquer fins lucrativos. Esta reserva de direitos abrange a todos os dados do documento bem como seu conteúdo. Na utilização ou citação de partes do documento é obrigatório mencionar nome da pessoa autora do trabalho.
1614087.pdf (17.29
Mbytes)
Data de Publicação
2009-07-14
Trabalhos decorrentes
Todos
os direitos da tese/dissertação são de seus autores
Centro de Informática de São Carlos
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP. Copyright © 2001-2014. Todos os direitos reservados.
Centro de Informática de São Carlos
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP. Copyright © 2001-2014. Todos os direitos reservados.
Realizam entre os dias 21 e 29 de outubro um workshop colaborativo cujo resultado
será uma intervenção sonora pelas ruas , conduzida por cerca de dez bicicletas
equipadas com um sistema de som amplificado.
O projeto irá envolver estudantes com diferentes formações e talentos na
produção de um evento que irá aproximar áreas distintas do saber numa
experiência criativa única.
Esse
trabalho trata de questões como as do movimento coletivo com uma forma de
intervenção, as da arte sonora em sua dimensão urbana e também do movimento
ciclista crítico, que reflete sobre aspectos da mobilidade urbana nos grandes
centros.
Nas intervenções urbanas o público é normalmente confrontado com a
manifestação artística no seu ambiente cotidiano quando a arte se desloca dos
espaços normalmente aceitos como legitimadores de sua expressão criativa para o
ambiente urbano.
Essa
intervenção será realizada por um grupo de bicicletas equipadas com
caixas de som amplificadas, na reprodução de peças musicais e sonoras
especialmente criadas ou adaptadas para este trabalho.
Os
estudantes da Vanderbilt University – e posteriormente os da USP –
serão convidados a tomar parte nos trabalhos de montagem da intervenção,
equipando suas bicicletas com um sistemas de som estéreo controlados
por telefones celulares, iPods ou tocadores de mp3.
Cada unidade
móvel de som será montada e customizada por cada participante das oficinas.
Sons e músicas serão sampleados, criados, mixados e produzidos de forma a se
combinarem com o conjunto e também produzirem suas sonoridades individualmente.
As bicicletas irão desempenhar o papel de uma mesa de som em meio à cidade, mixando diversas
sonoridades à medida em que se deslocam pelas ruas.
A performance será documentada por meio de imagem e som pelos
participantes, utilizando câmeras e gravadores portáteis.
Um vídeo final do evento será posteriormente editado e
compilado nos registros que serão disponibilizados a todos os interessados
pelo site do
projeto.
Resposta ao email de Alda Barão, colega de grupo:
Olá Alda,
Obrigado, antes de mais nada, pelo seu interesse e
atenção pelo meu trabalho.
Como você mesmo relata, parece ser comum tais fatos
"sensitivos" que cercam a experiência denominada paranormal de muitas
pessoas.
Eu sou um artista interessado nesses fenômenos,
pois acredito que a experiência sensível da arte nos coloca, muitas vezes, em
contato com esse universo.
Esse interesse me levou a realizar uma pesquisa
sobre a chamada "Fotografia dos espíritos no Brasil", onde coletei a
analisei as imagens publicadas em revistas, livros e, hoje em dia, na internet,
relacionadas às supostas aparições de fantasmas, espíritos e outros fenômenos
ocorridos no Brasil. Um pdf desse trabalho pode ser baixado por aqui: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-13072009-190522/
Quando vivi na Europa, eu também realizei um
trabalho com um artista japonês, meu amigo Morio Nishimura, que até hoje só se
encontra documentado no catálogo que segue em anexo pra ti. Trata-se de uma
experiência no campo da transmissão "telepática" ou como chamei na
época, de uma "telecomunicação sem tecnologia".
Espero que você consiga encontrar alguém que possa
estreitar os canais de contato com essa dimensão que não conseguimos nominar
exatamente.
Abraços, Mario Ramiro
Mario Ramiro
Professor do Depto. de Artes Plásticas
e do Programa de Pós-Graduação
em Artes Visuais
Escola de Comunicações e Artes
Universidade de São Paulo
Eu enviei Um
pdf com essa obra.
Trata-se de uma experiência no campo da transmissão
"telepática" ou como chamei na época, de uma "telecomunicação
sem tecnologia".
Nenhum comentário:
Postar um comentário